A discriminação existe desde a criação das classes sociais. Há vários tipos de discriminação – sexual, racial, religiosa ou social, mas escolhi falar sobre um certo tipo de discriminação – a discriminação étnica – porque nos últimos tempos tenho experienciado muitas situações em que me vi no papel de alvo da discriminação.
Por exemplo, como turista romena, podes passar por situações embaraçosas, dado que algumas pessoas te podem tratar, sem te conhecerem, com hostilidade, pura e simplesmente por causa dos preconceitos que já formaram para com os romenos, e outros povos do Leste em geral.
Acho profundamente injusto que todos os romenos sejam considerados delinquentes por causa de alguns indivíduos que não reispeitam as regras fundamentais de convivência numa sociedade. E o que é mais triste é o facto de, para muitos, o termo de “rrom” ser sempre sinónimo de “marginal” e “delinquente”.
Um exemplo de discriminação que me deixou muito surpreendida, e quase chocada, encontrei-o num dicionário explicativo de francês, em que, junto da definição da palavra “romeno” aparece uma imagem de ciganos vestidos com costumes populares específicos da Roménia. O que quer isto significar? Que os estrangeiros não fazem a diferença entre cigano e romeno?
Este exemplo pode mostrar que muitas ideias preconcebidas provêm, na maioria das vezes, de uma falta de educação ou mesmo de uma certa ignorância. Porque é sempre mais fácil acusar ou ignorar algum facto ou alguma coisa do que tentar entendê-lo.
Por outro lado, admito que também eu possa ter ideias preconcebidas injustificáveis (e é por isso que não posso condenar os outros) quando se fala de certos tipos de pessoas. Eu própria sei que nao devia generalizar, mas, ao mesmo tempo, é difícil ser tolerante quando um povo inteiro é mal julgado por causa de uma minoria - e não me refiro à minoria cigana, mas à minoria de delinquentes, pessoas que não respeitam os outros e ferem as liberdades alheias.
Contudo, hoje em dia, as pessoas começaram a deixar de lado muitos preconceitos, a entender que há excepções, ou pelo menos tentam ser mais tolerantes, e uma boa prova disso é a campanha contra a discriminação étnica na Roménia – “A Discriminação aprende-se em casa”.
Crescer e viver é também aprender a viver com o outro em harmonia e respeito pela diferença.
Ruxandra Parjoleanu
2º Ano
terça-feira, 11 de março de 2008
A discriminação dos “politicamente correctos”
Publicada por
patrícia
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11:54
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