O mundo parece verdadeiramente infinito. Tantos países e povos diferentes, milhões de tradições e culturas distintas, milhares de pessoas únicas… E, pouco a pouco, começamos a sentir-nos minúsculos, como grãos de areia numa praia sem cabo.
Mas, às vezes, o que está tão longe pode ficar muito perto de nós. E, assim, parece criar-se uma ligação invisível entre todos os grãos de areia da praia quando, de repente, sabemos que, por exemplo, as ilhas da Madeira e do Hawai partilham um instrumento musical muito simpático. O cavaquinho atravessou o mundo inteiro para receber o nome exótico de Ukulele, sendo hoje um dos elementos tradicionais do arquipélago do Hawai, tal como a dança hula-hula e a festa de luau.
Alguém pode imaginar que as famosas máscaras do Carnaval de Veneza têm as suas raízes no Irão, num objecto de beleza chamado burqa? As mulheres islâmicas continuam a usar esta máscara vermelha porque a sua cor brilhante contrasta com as roupas negras. Nem sempre a tradição as obriga a usar a burqa, mas atrás desta máscara esconde-se inevitavelmente uma forte identidade nacional.
E quanto ao Pão-de-ló, um bolo ao qual é muito difícil resistir. Saberá muita gente que este doce viajou por todo o mundo e chegou até ao Japão? Lá, no Extremo Oriente, ele recebeu o nome de Kasutera e tornou-se num dos bolos japoneses mais apreciados!
O mundo é imenso, ninguém pode negar! E perante esta imensidão, alegro-me por saber que podemos conhecê-lo através dos pequenos objectos e dos hábitos quotidianos que tantos povos partilham e que representam a nossa cultura global. No fim de contas, todos fazemos parte do mesmo mundo…
Texto inspirado pelo Programa Distância e Proximidade da Fundação Gulbenkian: http://www.gulbenkian.pt/index.php?section=19&artId=592.
Irina Ene, 3º ano
Inglês – Português
Presentemente em Lisboa, com o Programa Erasmus.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Tão perto, tão longe
Publicada por
patrícia
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18:16
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